sexta-feira, 31 de março de 2017

Renegociação de aluguéis vai gerar economia de R$ 28 milhões ao município

A Prefeitura de Curitiba renegociou do início do ano até março 74 e cancelou 11 contratos de aluguel obtendo com isso uma redução de R$ 585 mil por mês nos gastos com imóveis locados para sua estrutura administrativa. Ao longo de quatro anos, a economia gerada será de R$ 28,1 milhões. É dinheiro suficiente para bancar mais de um ano e meio de todos os alugueis atuais do município, que consomem R$ 19,2 milhões por ano. “Trocando em miúdos, utilizaremos quatro anos dessas estruturas e desembolsaremos o equivalente a dois anos e meio, sem nenhum prejuízo para o trabalho dos servidores ou de atendimento à população”, explica o secretário de Administração e Recursos Humanos, Carlos Calderon. “Isso é responsabilidade com o dinheiro do contribuinte.” A negociação faz parte dos esforços para recuperar as finanças do município, cuja gestão herdou uma dívida de R$ 1,2 bilhão e um déficit orçamentário de R$ 2,1 bilhões. Além do Plano de Recuperação do Município, que limita uma série de gastos, a Prefeitura vem cortando seus custos, tendo promovido entre outras ações a redução de 20% nos órgãos e secretarias municipais. O trabalho com os contratos de aluguel prossegue, e a expectativa da secretaria de Administração e Recursos Humanos é obter economia de mais R$ 10 milhões em quatro anos com os imóveis locados para órgãos da administração indireta. Mesa de negociação A renegociação começou a ser feita desde o início da gestão atual, quando foram chamados os proprietários dos 85 imóveis alugados para a administração. Em uma primeira rodada foram analisados contratos e também feitas propostas de redução nos valores. Esse trabalho resultou em 74 contratos renovados e 11 encerrados, por a Prefeitura considerá-los muito caros. As estruturas desses espaços foram realocadas sem que tenha havido prejuízos aos servidores ou para a população atendida, explica Calderon. Entre todos os contratos negociados, as maiores porcentagens de redução estão nos imóveis que serão devolvidos ou trocados por estruturas similares ou até melhores por preços mais acessíveis. “Embora se trate de ações mais complexas elas são extremamente vantajosas para o município”, diz o secretário. Um dos exemplos é a negociação avançada do prédio de nove andares que serve à Companhia de Habitação de Curitiba (Cohab). A estrutura que abriga 330 servidores deixará o imóvel atual, no Centro, por outro na mesma região e com capacidade adequada. Somente nesta mudança, a Prefeitura deixará de pagar R$ 201 mil de aluguel mensal e passará a gastar cerca de R$ 80 mil por mês –a economia acumulada em quatro anos chegará a R$ 5,7 milhões em quatro anos.“Isso é pensar a gestão de maneira estratégica e responsável”, reforça Calderon. Outro imóvel que vai gerar boa economia ao longo da gestão (R$ 5,3 milhões) é o da sede do Centro de Capacitação da Secretaria de Educação. A estrutura que hoje funciona na Rua Dr. Faivre, no Centro, será realocada para outras imóveis como a Escola Municipal Batel (antiga Dezenove de Dezembro), estrutura que a Prefeitura utilizará por meio de Cessão de Uso, um acordo firmado com o Governo do Estado. Outras estruturas de ensino do município também deverão replicar esse modelo, como é o caso da Escola Municipal Professor Brandão. A Prefeitura também está otimizando o uso das salas ocupadas no edifício Delta, no Alto da Glória, onde funcionam diversas estruturas municipais, como IPMC e secretaria de Educação e de Administração. A ideia é reduzir espaços ociosos. Parte de um dos andares do prédio, que estava locado para o Imap já foi devolvido, e os servidores transferidos para a sede do instituto. Em quatro anos, deixará de ser gasto R$ 1,4 milhão com o aluguel do espaço. Resultados da renegociação - Negociação de 85 contratos assinados diretamente com a prefeitura. Redução de R$ 20,1 milhões em quatro anos. - Negociações já finalizadas provenientes de imóveis locados a estruturas indiretas como IMAP, Curitiba S/A, Cohab: Redução de R$ 8 milhões. -Total: Redução de R$ 28,1 milhões em quatro anos.

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