terça-feira, 7 de março de 2017

‘Faça concurso para juiz’, diz Juiz Sergio Moro a advogado de Palocci.

O juiz federal Sergio Moro e o advogado do ex-ministro Antonio Palocci, José Roberto Batochio, trocaram ironias durante a audiência do executivo Fernando Barbosa Sampaio, presidente do estaleiro Enseada Indústria Naval, arrolado como testemunha de defesa do empreiteiro Marcelo Odebrecht. Depois de ouvir de Sampaio a confirmação de que seu cliente é o “Italiano” das planilhas da Odebrecht, Batochio interrompeu uma resposta da testemunha a Moro, alegando que o executivo falava a respeito do que achava, e não dos fatos. As informações são da Veja. “Excelência, pela ordem, testemunha depõe sobre fatos não sobre o que ela acha ou entende. De modo que fica impugnada essa pergunta de Vossa Excelência e acrescento: a testemunha disse que por ouvir dizer soube que italiano era Palocci”, interveio o advogado. O magistrado ponderou que sua pergunta era pertinente, reiterou a questão e indeferiu o protesto do defensor de Palocci. Batochio não se deu por vencido e deu-se, então, o seguinte diálogo: José Roberto Batochio Com o devido respeito, testemunha não pode achar nada. A não ser que haja um outro corpus de processo penal. De acordo com o código de processo penal a testemunha depõe sobre fatos e não opina. Não vou aceitar essa violência contra a letra do código de processo penal. Sergio Moro Sua questão já foi indeferida, então eu reitero minha pergunta à testemunha. Ela tem conhecimento dos fatos, se ela não souber, pode dizer que não sabe. José Roberto Batochio Mas ela não pode achar. A defesa adverte a testemunha que ela está proibida de depor sobre o que ela acha. A lei impõe que ela deponha sobre fatos… Sergio Moro Doutor, o doutor faça concurso para juiz e assuma então a condução da audiência, mas quem manda na audiência é o juiz. José Roberto Batochio E Vossa Excelência preste exame da Ordem dos Advogados do Brasil! Cada um aqui cumpre o seu papel, está certo? Sergio Moro Sua questão está indeferida, doutor, estou perguntando à testemunha. Fonte Fabio Campana.

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